O músico que fez sucesso na década de 70 agora mora numa casinha
humilde de aluguel em Cachoeira do Sul
"Presente é reviver o passado. Para mim reviver é viver, não existe o
futuro. Sinto saudades de tudo, sou muito saudosista". Estas são as
palavras de José Peixoto de Melo Primo, cachoeirense que foi uma das
maiores revelações da música gaúcha na década de 70.
Depois de viver na riqueza, andar de Galaxy a Dorge Dart, o cantor,
compositor, poeta, gaiteiro, ginete e domador José Melo hoje está
esquecido. Atualmente ele vive numa humilde casinha de aluguel, no
Bairro São José, em Cachoeira do Sul. Sofre de uma doença chamada
demência alcoólica (que provoca esquecimentos), não é aposentado e
recebe somente do auxílio saúde. Ele mora com sua irmã Elizabete Melo
(Iza).
O menino, filho dos pecuaristas Alvise Alves de Melo e Almira Beskow de
Melo, morava na Lomba Grande, perto do Piquirí. Ele aprendeu a tocar
com seus irmãos Otávio Maragato (Maragato), Alvise Melo Filho (Didi), e
Francisca Melo (Xica). Apenas ouvindo os irmãos conseguiu tocar sozinho
gaita ponto, acordeon e violão. José Melo abraçou a carreira artística,
destacando-se com suas composições gaúchescas, pelo vasto conhecimento
trazido de berço, do meio rural.
Com sua simplicidade e talento, fruto autêntico do Rio Grande do Sul,
começou a cantar na Rádio Princesa do Jacuí, em rodeios e em bailes. Em
1970, ele gravou seu primeiro disco compacto, lançado pela Pampa Discos
de Caxias do Sul. O disco com o tema Mundo Transformado, começou a
tocar pelo Brasil. Após, ele gravou seu primeiro LP, pela gravadora de
Copacabana, de São Paulo. Ele apresentou as músicas inéditas numa festa
das águas dançantes em Cachoeira, em 1974.
O LP com 10 faixas levava o tema Mensagem Gaúcha. José Melo ficou
requisitado para fazer shows em todo o estado e até em São Paulo se
apresentava em churrascarias. Ele conta ter se apresentado em programas
de televisão de vários canais, cantando seus xotes, milongas e
rancheiras. Em 2007 teve um pouco de sua história compilada pelo seu
irmão Maragato, no livro Bravuras de um Peão - José Melo - História &
Verso.
Fonte: Jornal do Povo (Cachoeira do Sul/RS)
Crédito: arquivo pessoal
Cleiton Santos
Olá bom dia;
ResponderExcluirSempre fui admirador das interpretações do José Melo, eu possuía toda a discografia do cantor, mas infelizmente em um roubo em minha residencia perdi tudo. Gostaria de readquirir, tens alguma informação de como procederei?
Obrigado, Antonio Luz de Medeiros, 55-9996-5098 (vivo) 55-8124-8446 (TIM) aluzm.com@gmail.com